O repórter Rodrigo Pitta do Diário de São Paulo, invadiu o camarim do Luan Santana e fez uma entrevista incrível com o astro do sertanejo.
Se o Brasil tem um popstar à moda antiga, hoje em dia ele se chama Luan Santana. Se tem grito, fã desmaiando, loucura em porta de hotel, pode apostar que o Luan está chegando. E imaginem que no camarim do rei do sertanejo pop, o que rola é o som do DJ David Guetta.
No seu camarim pode ser o de verdade ou uma analogia ao seu íntimo: o que rola?
Um clima de paz, música que gosto de ouvir, comida integral, barra de cereal…
O que não rola?
Mau humor, não entra, mesmo.
O que você ouve?
Na maioria das vezes, música eletrônica, durante atendimento: Avicii, David Guetta e outros. Quando estou sozinho, sertanejão como Trio Parada Dura, Milionário e Zé Rico.
O que você está lendo no momento?
Biografia do Elvis Presley
Alguma história marcante de camarim?
No camarim da Globo para a gravação do Caldeirão de Ouro, juntamos todo mundo: Victor e Léo, eu, Pablo, Thiaguinho, Bruno e Marrone e começamos a cantar vários modões sertanejos. Foi inesquecível!
Alguma história com fã em Camarim que te marcou?
Tem várias. Teve uma fã selecionada pela Central de Fã Clubes. O pessoal do departamento queria descobrir quem era a fã que estava fazendo sucesso nas redes sociais porque fez uma tatuagem no bumbum. Ela foi ao camarim num evento em Cotia, em 2014. Lá, de repente, ela levantou a saia na frente de todo mundo e mostrou a tatuagem.
Recentemente, teve uma repórter fã, no show em Americana, que aconteceu no último domingo (19/6). Eu estava atendendo todos os jornalistas, bem concentrado, e de repente ela correu e me agarrou na frente de todo mundo. Tomei o maior susto. Não esperava isso por parte de um jornalista.
Você tem algum ritual antes de entrar no palco?
Faço o Pai Nosso. Antes, os meus exercícios vocais.
Quais são suas maiores referencias na música brasileira?
Roberto Carlos e Zezé Di Camargo e Luciano
Você já pensou gravar um álbum só com canções de outro artista ou compositor? Quem seria?
Já pensei em gravar CD só de modões com vários músicas de compositores do gênero.
Qual a melhor coisa sobre ser cantor, e a pior?
A melhor é o reconhecimento do público, ver as pessoas cantando as suas músicas, meu Deus! Não existe a pior coisa. Confesso que a rotina é puxada, mas, quando se faz o que gosta, a compensação é maior. A saudade da família é grande. Para ser sincero, estou sempre rodeado de amigos, de público. Creio que o complicado é o momento de solidão. Pode ter certeza de que todo mundo tem.
Não acho a minha rotina cruel. É puxada, muitos shows, compromissos. Cada hora estou num lugar, cruzando os ares, as estradas, em hotéis diferentes; aliás, a pior solidão é aquela do quarto de hotel. Você sai do meio de uma multidão, de uma adrenalina fora de série, que é mexer com emoção, de lidar com a troca de energia entre você e o seu público e, de repente, se depara entre quatro paredes. Entre quatro paredes de um canto que não é seu. Não é a sua casa, não é o seu lugar, não tem o seu jeito…
Sabe aquela história? O preço da fama! A fama não tem preço. Tem valor. O valor da conquista tem os seus prós e contras como todo trabalho. E isso é bom, é resultado de uma carreira reconhecida. Claro que tem dia em que tenho necessidade de me isolar ou de ficar um pouco distante de tudo o que cerca esta agitada vida. É aí que busco as férias e vou curtir pescaria com a família, praia, viajar…
Qual a sua música preferida da sua obra? E da vida?
Da obra “Tudo Que Você Quiser” e da vida “Muda de Vida” de Zezé Di Camargo e Luciano
Você pode comentar um pouco sobre seu novo trabalho? Alguma novidade pintando por aí?
Já entrei em estúdio para escolher músicas e composições. Não vai ser um DVD, mas terá registros de imagens e alguns encontros com artistas que admiro muito, mas não dá para falar ainda. Também já estou preparando o projeto para comemorar os meus 10 anos de carreira, em agosto de 2017.