Falta pouco para os fãs de Luan Santana verem de perto do que o cantor preparou para seu novo DVD, que vai ser gravado neste domingo (19), no Parque de Exposições, em Salvador. O álbum promete ser um marco na carreira do artista, que chega ao seu quarto audiovisual.
Em entrevista ao site IBahia, Luan faz algumas revelações do que está por vir.
Ansioso para dar mais um passo tão importante na carreira? Rola ainda um frio na barriga?
Sim, estou muito feliz. Tem mais de um ano que planejei este DVD. É como se fosse o meu primeiro. Assim como em todos os shows. Porque é como costumo dizer, pra mim, a cada show, é uma nova experiência. Assim como este DVD. É meu primeiro DVD gravado em Salvador, esta cidade tão especial.
Queria saber por qual motivo você escolheu gravar este novo projeto em Salvador? Tem relação com a história do DVD? Quero reverenciar neste DVD o contato físico das pessoas, o abraço que não se digita, quero que a música contribua para esta proximidade real. E Salvador, tem tanta simbologia. Grande é a conexão deste lugar com o tema do meu novo trabalho. Afinal, há pouco mais de 500 anos navegar era o verbo da vez. Se para conquistar o mundo, aventureiros e corajosos exploraram o mar porque navegar era preciso para haver a conexão de todos os continentes. Hoje, navegar continua sendo o verbo da vez para que as pessoas se conectem. Por isso Salvador, a primeira capital de uma terra que recebeu os patrícios que cá descobriram o Brasil, é a minha escolhida. Não tão diferente, é um dos lugares que mais amo do Nordeste. É, literalmente, a terra da alegria. E é através desta alegria, na Bahia de todos os santos, encantos, que eu quero celebrar.
Aliás, como surgiu essa ideia de trazer o futuro para o presente? Como você chegou no conceito do tema do DVD? Vivemos tempos difíceis e os momentos simples não valem de nada, se não publicar. O ego na hora se infla e um elogio idiota já é o combustível para se deslumbrar. Quantas curtidas merecem o primeiro passo de um filho? Almoço em família domingo… Quando vamos dar valor pra isso? E olha que ironia: ficar sem amor tudo bem, se o celular tem bateria. Saudade virou coisa antiga nessa proximidade fictícia. Eu tô com saudade de um abraço que não se digita. Essa é a máxima do meu DVD. É isto que quero trazer para as pessoas!
Li que tem muito a focar em ‘aproveitar o momento’. O que você quer passar com essa mensagem para seu público?
A ideia é usar esse fator, do afeto em queda e da tecnologia em alta, para justamente falar de amor nesse DVD. É fazer florescer o amor diante de um tema tão frio. Essa é a estética. Na era atual, a imagem de “cada-um-com-sua-tela” só reforça a necessidade de se valorizar o sangue que corre em nossas veias, o calor humano perdido para tantas conexões virtuais e o amor presencial, muitas vezes diluído pelos “likes” das redes sociais. Queremos provar que a tecnologia é bem-vinda. Ela tem se tornado munição no combate a vários males ao redor do mundo e fator essencial para a comunicação. Só não se pode abrir mão do abraço, do beijo, do afago latente que emana do calor de nossas mãos. Viver os momentos e compartilhar. Não só ficar registrando o que se vê, sem conviver com quem está ali. Compartilhar o real para que a proximidade não seja fictícia.
E como você lida com a tecnologia, já que é o assunto do seu DVD?
Eu lido bem. Sei separar os momentos reais dos virtuais.
Em que momento você ‘sai do eixo’ nas redes sociais?
Acredito muito que não só nas redes, como em tudo nesta vida, quando me deparo com inverdades.
A respeito de cenário, efeitos especiais, equipamentos… O que seus fãs podem esperar, já que a gente sabe que seus DVDs são sempre megaprodução?
A cenografia valoriza o gigantismo high-tech, com um palco de 50 metros de largura, um dos maiores já vistos por essas terras, por isto que eu digo, modéstia à parte, que vai ser o maior espetáculo já visto neste país. Em cena, um grande fóssil mecânico terá partes articuladas que vão se desprender ao longo do espetáculo. Será uma criatura híbrida – entre cobra e dragão, dinossauro e leviatã, passado distante e futuro CyberPunk* – que ganhará vida com movimentos, efeitos e luzes, uma praxe dos meus shows pelo Brasil à fora e como realizado até aqui, nesses 11 anos de estrada. Eu gosto de selecionar um foco temático a ser abordado como conceito geral – do repertório ao cenário, contemplando toda a estética da obra. Foi assim em O NOSSO TEMPO É HOJE (2013), ACÚSTICO e 1977 só para citar alguns.
Qual principal influência neste trabalho? Pelo material de divulgação tem algumas referências do rock ou estou enganado?
O repertório são 17 canções, com 12 inéditas e 5 regravações. Muitas surpresas para o público. O DVD tem uma mescla boa. Pretendo provocar “movimento’, aqui o significado dúbio mesmo: para dançar e manifestar. Acima de tudo com a essência da energia de uma terra em que Santos, sons, dons e tons abençoam todas as eras. E em todos os tempos!
A respeito do lançamento, tem algo que possa adiantar para gente? Alguma previsão e local também?
Ainda não pensamos no pós. Mas, com certeza, vamos elaborar algo bacana.
O que você mais gosta da Bahia? Tem alguma comida ou local que você curte quando está por aqui?
Eu sou suspeito, porque eu amo a Bahia, amo Salvador, amo o Nordeste. Estou muito feliz de gravar mais um DVD ai com esse meu público tão especial. De comida, todas, desde o acarajé, a moqueca, a maniçoba. Sou fã da culinária.
Por fim, qual a primeira coisa que você quer fazer depois que concluir a gravação? Preparar o casório (risos)?
Trabalhar este DVD. Estou ansioso pra saber o que os meus fãs vão achar deste novo projeto.
Fonte: IBahia