Não tem para ninguém. Pelo terceiro ano consecutivo, Luan Santana coloca uma de suas músicas no topo do relatório nacional da Crowley, que divulga as canções mais tocadas no ano nas rádios de todo o país.
E, em 2015, a número um foi “Escreve Aí”, que teve 68.267 execuções – nos dois anos anteriores ele havia ocupado a segunda colocação.
Tanto sucesso, segundo músicos e produtores, chega para consagrar ainda mais o jovem cantor de apenas 24 anos, que já é comparado, até mesmo, ao Rei Roberto Carlos.
“Eu digo sem medo de errar: o Luan tem um algo a mais que só o Roberto Carlos tem. É algo que não tem como explicar direito, mas que faz dele e do Rei os caras mais diferenciados do país”, avalia o produtor musical João Marcello Bôscoli.
As letras de amor cantadas por ambos pode ser o elo de ligação, além do carisma de sobra. É o próprio Luan quem explica o grande apelo do gênero junto ao público.
“A música romântica em geral toca o coração das pessoas”, avalia.
Para o também produtor Marco Camargo, o sertanejo trabalha muito e é merecedor de tanto sucesso.
“Luan Santana não aceita modismos, ele é a moda”, analisa ele.
Além da canção em destaque, “Chuva de Arroz” também aparece na lista, em 32º lugar e com mais de 27 mil execuções. Já “Eu Não Merecia Isso” figura na 68º posição com 20 mil execuções no Brasil.
“Eu só estou no topo por causa dos meus fãs, que pedem as músicas nas rádios e me deixam feliz da vida”, comenta Luan Santana.
A curiosidade é que, das cem canções da tabela, 74 são sertanejas.
Para o produtor Rick Bonadio, outro fator que ajudou a alavancar tanto a música de Luan quanto a de outros artistas do gênero, foi o investimento alto.
“2015 foi o ano do sertanejo, um estilho que sempre foi e será forte no Brasil. Os investimentos contribuíram para isso. Outros estilos acabaram perdendo espaço.”
E se 2015 foi um ano mágico para o cantor, no que depender dos radialistas, este ano promete ser melhor.
“Ele é muito talentoso e não erra uma! Sempre tocará no rádio, pois ele canta o que as pessoas querem ouvir. A Transcontinental toca bastante o sertanejo, mesmo sendo uma rádio de vários estilos,” diz Patrícia Liberato, locutora.
E o diretor da Nativa, Marcelo Siqueira, concluiu:
“O Sertanejo se organizou para chegar aonde chegou. Preparou-se, investiu, derrubou preconceitos e venceu”