Em entrevista ao G1, por telefone, Luan falou sobre o que está fazendo durante o isolamento social (basicamente, lendo livros e estudando espanhol).

Questionado sobre trecho de Manoel de Barros escolhido para a “bio” do seu Instagram, Luan Santana respondeu:

Eu acho que tirei, cara, essa bio aí. Mas era “Uso a palavra para compor meu silêncio”. Acho que tem tudo a ver com compositor isso aí. Eu que gosto de escrever, que eu faço a maioria das minhas músicas. Eu acho que é no silêncio que você acaba fazendo a música, que a inspiração vem. Eu uso a palavra para compor o meu silêncio. Tinha tudo a ver com a minha história. Eu já troquei, mas eu gosto muito de ler. Agora estou estudando espanhol, lendo pra praticar. Estou também lendo outro que chama “O nome do vento”, eu tô no segundo, né? Chama “O temor do sábio”, que é uma trilogia [saga “A Crônica do Matador do Rei”, do americano Patrick Rothfuss].

G1 – Eu lembro que você era muito fã de Harry Potter, quando era mais novo, né?

Luan Santana – Eu ainda sou, cara. Eu acho a filosofia do Harry Potter incrível, incrível mesmo. Quando a gente para e analisa a fundo a história e o que ela pode significar pra gente, é uma história muito mais complexa do que as pessoas acham. Então, é algo que eu gosto muito até hoje.

G1 – Voltando ao espanhol, esses livros que você falou são de ficção ou livros didáticos para estudar o idioma?

Luan Santana – Eu tenho dois livros aqui e ainda não comecei nenhum deles. Um é de terror, mas esqueci até o nome, cara. Mas é um terror antigo. E o outro é um romance que eu também não me lembro do nome. Mas é de forma mais didática. O meu objetivo principal é aprender a língua. Os livros não devem ser tão legais assim, não. Pela capa, né? Se bem que não se pode julgar pela capa. [risos] Ainda vou experimentar.

G1 – Agora tenho que te perguntar se estudar espanhol tem a ver com carreira…

“Eu estou recebendo muitos convites, propostas, tanto de artistas, quanto da parte de administração de carreira e tal, de gravadoras. Já tivemos boas conversas, pelo menos umas três idas pra Miami, pra fazer reunião e tal. E as pessoas demonstrando muito interesse.”

Eu vi a necessidade de me preparar. No inglês, eu sou um pouquinho mais avançado do que o meu espanhol [o único single em inglês da carreira, “Best day of my life”, foi trilha da Olimpíada do Rio]. Então eu quis pelo menos igualar o espanhol com o meu inglês, pra depois aprender as coisas de fato.

G1 – Quais planos você interrompeu e o que fez para repensar?

Luan Santana – Essa aí era uma né, cara [carreira internacional]. Essa ida pra Miami era para fechar algumas coisas.

G1 – Você estava com passagem comprada, teve que desmarcar viagem?

Luan Santana – Eu estava com passagem comprada pro Kentucky [estado americano]. A gente ia fazer uma publicidade lá nos Estados Unidos, numa fábrica de uísque… A gente ia aproveitar e fazer uma reunião na Flórida [estado onde fica Miami] para já adiantar as coisas. Mas daí a viagem foi cancelada por causa da pandemia e até agora não marcamos de novo.

G1 – Você aproveitou essa pausa para pensar em versões das suas músicas para o espanhol ou inglês? Talvez as suas mais românticas tenham a ver com esse mercado latino romântico.

Luan Santana – É uma dúvida que eu tinha, mas é muito diferente pegar “Meteoro” e transformar em outra língua não é tão simples, né? As pessoas têm outro tipo de formação musical lá fora. Então, não são todas as músicas que eu já gravei que é só gravar em outra língua, só traduzir que vai dar certo.

É mais uma questão entre produtor e artista, de ver caminhos, descobrir um som que seja diferente, que as pessoas gostam. É muito mais complexo do que simplesmente pegar minhas músicas e transformar em outra língua.

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