Quem vê Luan Santana seguro em cima do palco fazendo a multidão delirar com seus sucessos, não imagina que o cantor também tem seus momentos de fragilidade e dúvida. Em 10 anos de uma bem sucedida carreira, o Gurizinho de Campo Grande (MS) cresceu, amadureceu e passou por muitas transformações — internas e externas. Em um bate-papo sincero com QUEM, Luan faz uma análise dessa última década, diz que se cobra muito para continuar no topo e revela que pensa em fazer terapia.

Você está completando 10 anos de carreira. O que pensa quando olha para trás?
Eu tenho muitas fraquezas, tenho meus momentos de pensar comigo, de ter aquela dúvida se estou realmente fazendo a coisa certa, de projetos, de ideias, de tudo. O ser humano nunca deixa de ter insegurança. Hoje, tenho muito menos do que antes, mas tudo o que fiz nesses 10 anos já é alguma coisa. É uma história muito bonita, muito linda. Se eu parasse amanhã — não estou dizendo que vou parar –, eu acho que a história que escrevi até aqui já é incrível. Até aqui, o dever de casa está feito. É como se fosse essa a sensação. Daqui pra frente é alçar novos voos, tentar coisas novas. Mas o que está escrito, está escrito!

Mas você ainda se cobra muito?
Me cobro mais do que antes. Porque a carreira tem aquele boom, depois fica estável — ou não — e depois cai de uma vez. Graças a Deus eu fiquei com a primeira opção, estou estável. Não é mais a loucura do começo. É muito difícil ainda parecer novidade depois de tanto tempo. Esse é o caminho, é você inovar, fazer uma coisa diferente que soe como evolução do anterior. Ontem estava vendo um vídeo da minha evolução de voz. Parece que é outra pessoa cantando aos 14 anos, é um guri fanho (risos). Antes eu era um gurizinho fanhoso. Tudo a gente aprende, amadurece, evolui.

Se pudesse teria feito algo diferente?
Não, nenhuma vírgula.

Em julho você fez um desabafo num post nas redes sociais falando que estava cansado. O que aconteceu naquele momento?
Era uma cobrança comigo mesmo. Eu falo que não era cansaço físico, era na cabeça. Têm certos momentos em que a gente dá uma vacilada de cabeça, mas acho que é normal. Eu sempre consegui resolver meus problemas com as pessoas que estão próximas a mim, minha família, e sempre segui em frente. São momentos que a gente passa. Na hora fiz aquele texto, mas não era cansaço de fazer o que faço, era um cansaço interno.

Já pensou em fazer terapia?
Nunca fiz terapia, mas deve ser legal. Quem falou pra mim isso foi a Fernandinha Souza. Ela me indicou um terapeuta que é bem legal. Acho que sim, acho que seria bem legal eu fazer. Até falei pra Jade e ela acha que seria legal mesmo.

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